ero capaVocê provavelmente já deve ter ouvido o ditado: “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”. Muitas avós diziam isso. A frase, por mais antiga que seja, e por mais fora de moda que esteja, define perfeitamente a situação da Rua 23, logradouro componente do Setor 62, e via que dá acesso ao Setor de Chácaras do município de Vilhena, próximo à escola Marechal Rondon.

A Prefeitura de Vilhena está pagando mico naquela localidade há anos. Por conta do projeto da Macro Drenagem, que visa, dentre outras coisas, acabar com a água empoçada nas ruas. Exatamente nesta rua funciona uma galeria de águas pluviais, além de um canal de drenagem (mal feito). O problema é que a obra deveria ser finalizada em abril de 2013, e até agora não foi entregue.

Ela está sendo realizada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) projeto do Governo Federal, e o poder executivo de Vilhena recebeu mais de R$ 1,6 milhão para dar conta desse trabalho.

Como é tradição em Vilhena, todo ano, no período chuvoso, quem precisa daquela via pra passar “fica na mão” por conta da destruição causada pela força das águas. Com cratera pra todo lado, e a falta de iniciativa da prefeitura para resolver o problema, os moradores da redondeza, e até mesmo de fora dela, depositam todos os entulhos que têm na cratera que se abre com a violência que a água escorre.

Para minimizar o problema a prefeitura cobriu os buracos com cascalho. As chuvas chegaram e mostraram, mais uma vez, a fragilidade das “obras” realizadas na Rua 23. O fator mais preocupante é justamente o resultado dos entulhos estarem onde não deveriam estar. A enxurrada está arrancando todo o cascalho que cobria o lixo, e os resíduos estão sendo levados, aos poucos, para o Rio Pires de Sá.

No local é fácil encontrar sacos plásticos (que levam séculos para se decompor) até mesmo aparelhos televisores velhos, pedaços de materiais para construção, sacolas com cimento, madeira, etc.

A equipe de reportagem do Extra de Rondônia caminhou por parte de uma vala aberta pela força da água, com contribuição da Prefeitura de Vilhena. No local encontra-se facilmente lixo dividindo espaço com pequenas árvores. Nota-se perfeitamente, que a margem do rio está maior, e a água que deveria compô-lo está escassa. Sacolas plásticas ilustram boa parte do curso do rio, e o morador ao lado foi obrigado a construir uma pequena ponte para conseguir chegar à sua casa.

O poder executivo conseguiu acabar com a cratera, que cortava a rua. A equipe responsável pela obra fez o que deveria fazer desde o começo: colocou manilhas em toda a extensão da via para dar vasão à água. O que não fizeram foi dar continuidade ao serviço. Ou seja, resolveram parte do problema e arrumaram outros de maiores proporções. Conseguiram acabar com o buraco que atrapalhava os condutores, mas estão colocando o meio ambiente em risco por conta de um serviço mal feito.

Placa pública mostra atraso e ineficiência da obra
Placa pública mostra atraso e ineficiência da obra
As manilhas colocadas no local pela prefeitura apenas direcionaram a água para não causar buracos no meio da via
As manilhas colocadas no local pela prefeitura apenas direcionaram a água para não causar buracos no meio da via
A força da água já causou erosão em ambos os lados da via
A força da água já causou erosão em ambos os lados da via
Dentro do Rio Pires de Sá é fácil de ver inúmeras sacolas plásticas enroscadas nos galhos
Dentro do Rio Pires de Sá é fácil de ver inúmeras sacolas plásticas enroscadas nos galhos
Entulhos foram jogados. A alternativa encontrada pela prefeitura foi encobrir; não deu certo
Entulhos foram jogados. A alternativa encontrada pela prefeitura foi encobrir; não deu certo

Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia 

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