participante da massacre de corumbiaraAtravés de cobertura fotográfica, jornalística, filmagens e entrevistas, membros do Grupo de Pesquisa e Extensão Hibiscus, participaram, nos dias 08 e 09 de agosto, do evento que marcou a rememoração dos 20 anos de resistência camponesa na antiga Fazenda Santa Elina, no Município de Corumbiara, e no Barracão do Assentamento Renato Nathan.

A ocasião foi marcada por queima de fogos, manifestação, ato político, jantar e baile para lembrar o episódio do dia 09 de agosto de 1995. Nesse dia, ocorreu a reintegração de posse da Fazenda Santa Elina. De acordo com dados oficiais, morreram doze pessoas, dois policiais, nove camponeses, entre eles uma criança e uma pessoa não identificada. Para comemorar os cinco anos de retomada e corte popular das terras, foram realizadas atividades recreativas com crianças e jovens.

De acordo com um dos organizadores do evento, Presidente dos Produtores Rurais do Assentamento Renato Nathan, Rubens Pereira Braga, o evento é uma forma homenagear as vítimas do massacre. “Há vinte anos, nessa data, o Senador Valdir Raupp que, na época, era Governador, mandou as tropas para Corumbiara para realizar o massacre, enquanto os camponeses estavam esperando um acordo de paz”.

Desde dezembro de 2014, o Grupo desenvolve o projeto de pesquisa financiado pelo CNPq e INCRA “Gênero, Comunicação e Juventude Rural no Território da Cidadania Cone Sul de Rondônia: Empoderamento para/com as mulheres jovens assentadas da Zona Rural de Corumbiara”. O projeto faz parte do Programa Residência Jovem, vinculado ao PRONERA.

Para o coordenador do Hibiscus, Professor Emerson Roberto de Araújo Pessoa, docente do Departamento de Administração da UNIR – Campus Vilhena, a participação dos membros do Grupo no evento é uma forma de contribuir diretamente com a comunidade. “A Universidade deve compreender a realidade para produzir conhecimento. Uma vez que nenhum conhecimento é neutro, acredito que é de suma importância o envolvimento da universidade em causas populares, visando ao empoderamento da população oprimida da nossa sociedade. Somente assim o saber deixa de ser um simulacro e se torna ferramenta efetiva de transformação”.

Além de trabalho de campo realizado através de oficinas e outras atividades de extensão, o Grupo também realiza pesquisas científicas sobre Gênero, Participação e Representação Social e Política de Trabalhadoras(es) do Cone Sul do Estado. Temáticas essas que a Profa. Lilian Reichert Coelho (fundadora do HIBISCUS e líder até abril de 2015) aborda desde 2010 em pesquisas e outros projetos financiados pelo CNPq.

Autor e foto: Assessoria

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