Mais uma vez o governo demonstra não ter compromisso com a classe trabalhadora e, de forma autoritária, tenta calar os servidores da educação com ações na justiça.

A direção do Sintero informa, por outro lado, que ainda não foi notificada e que a greve continua firme e forte, alcançando 80% de paralisação em Rondônia.

Em ano eleitoral, os assessores do Palácio Getúlio Vargas preferiam recorrer à Justiça, ao ter que atender os pleitos dos trabalhadores, já que uma greve neste momento desgastaria a imagem do governador Confúcio Moura e seus aliados.

Sob o argumento de entrar com um pedido de tutela provisória, as autoridades estaduais tentam desestabilizar o movimento dos trabalhadores que, entre outras reivindicações, cobram o cumprimento da Lei 3.565/2015, chamada de Meta 17, aprovada pela Assembleia Legislativa, e que trata do Plano Estadual de Educação (PEE), mas que o Executivo Estadual se recusa a atender.

Embora a direção do Sintero ainda não tenha sido notificada, bem diferente do que foi divulgado por alguns meios de comunicação, o governo defende, na peça processual, que está em permanente em negociação com classe, fato que não condiz com a verdade, pois por diversas vezes os representantes estaduais se recusaram a negociar o cumprimento da Meta 17, levando os trabalhadores a deflagrar o movimento de greve como último recurso.

Na decisão judicial, o governo defende que o movimento é abusivo e pede o encerramento das manifestações, inclusive com “a vedação de propaganda por parte do Sintero, incentivando a manutenção do movimento grevista, sob pena de multa de R$ 50 mil reais”, revela o documento.

A direção da regional do Cone Sul lembra que, quando o Sintero for notificado, sua assessoria jurídica informará os encaminhamentos das ações.

Por enquanto, as atividades do movimento continuam acontecendo normalmente. A decisão autoritária do governo de intimidar e calar os trabalhadores, por sua vez, surtiu um efeito contrário, fazendo com que o movimento ganhasse mais força e novas adesões, a exemplo da cidade de Cerejeiras, onde diversos trabalhadores aderiram à greve a partir de hoje.

Texto: Assessoria

Foto: Divulgação

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