Domingos Mazzutti, de 66 anos, doou a construção da igreja

Em carta enviada a redação do Extra de Rondônia, o mestre de obras Domingos F. Mazzutti, de 66 anos, fala sobre a construção da Igreja Nossa Senhora Aparecida, “cartão postal” de Vilhena e se diz traído por não ter sido consultado pelos responsáveis que ordenaram a demolição do templo construído por ele há 24 anos, com mão de obra e materiais doados pela comunidade.

Domingos relata que doou 80% da mão-de-obra para a construção do templo, além de correr atrás dos empresários pedindo doações para que o projeto saísse do papel e virasse realidade para a comunidade vilhenense.

O construtor afirma que desde o projeto inicial, em 1 de setembro de 1994 até a conclusão da obra inaugurada no ano de 1995, ele e mais 15 operários entre pedreiros, carpinteiros e colaboradores trabalharam incansavelmente para verem o templo concluído, e após 24 anos, ser demolido sem a mínima consideração por quem o construiu com dedicação e amor a igreja.

Domingos ressalta que a decisão de demolir o templo, que era cartão postal de Vilhena, foi da presidente da igreja, com aval de um conhecido engenheiro. Porém, sem consultar a comunidade para saber qual seria a melhor solução, já que o profissional alegou que os azulejos das torres estavam propensos a cair, colocando em risco a vida dos fiéis. Por isso, a necessidade de demolição e construção de um novo prédio.

Contudo, o mestre de obras garante que a versão do engenheiro não passa de “papo furado”, pois todo o material usado na construção era de primeira qualidade e afirma que não havia risco de cair.

Entretanto, Domingos desafiou o engenheiro a apresentar laudos periciais que comprovem a real necessidade de destruição de um patrimônio histórico da comunidade vilhenense.

Além disso, o construtor disse que há rumores que o valor estimado para construção da nova igreja está estimado em quase R$ 3,3 milhões, dinheiro esse que irá sair dos bolsos dos fiéis.

Por fim, Domingos explica que sua indignação está na falta de respeito praticada pelos “mandantes” da igreja que não tiveram hombridade de chamá-lo para dar sua opinião sobre o assunto antes de tomarem a decisão de demolir o prédio que ele e seus companheiros haviam construído com toda dedicação e amor pela igreja da qual fazem parte.

O Extra de Rondônia deixa espaço caso a presidente ou o engenheiro queira falar sobre o assunto.

Domingos, devoto de Nossa Senhora Aparecida, disse estar triste pela demolição do cartão postal de Vilhena que ele ajudou a construir
Igreja Nossa Senhora Aparecida inaugurada em 04 de agosto de 1995

 

Após 24 anos, o templo sendo demolido para nova construção

 

sicoob

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