Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

Em entrevista, ainda na Argentina, durante encontro do Mercosul, Rondônia entrou na pauta do presidente Jair Bolsonaro. Depois de elogiar muito o presidente Evo Morales, ele citou problemas na nossa fronteira com a Bolívia e lembrou um pedido de Morales, para que o governo brasileiro ajude a resolver a questão.

Na sua fala, Bolsonaro falou no “Governador de Rondônia, que é nosso amigo”, referindo-se à possibilidade de apoio também do Estado na questão, embora os problemas maiores – relacionados com a instalação de portos e aduanas – seja exclusivamente da alçada federal. Na sexta, não por coincidência, um grande encontro, no Hotel Golden Plaza, reuniu empresários, representantes do governo do Estado e o deputado federal Coronel Chrisóstomo, que recebeu a missão de conseguir, aos rondonienses, uma audiência com o Presidente da República.

Na pauta, o assunto de grande interesse de Evo Morales, dos bolivianos e dos brasileiros que querem manter relações comerciais entre os dois países: a criação de portos em Guajará Mirim e Costa Marques, com presença da Receita Federal e do Ministério da Agricultura, para apressar a liberação dos produtos de um lado para o outro.

O que todos envolvidos nas negociações entre os rondonienses e os bolivianos não querem, é que continue ocorrendo o que se registrou há algumas semanas: uma enorme carga de ureia, vital para a produção e para o gado, ficou 60 dias parada no lado de lá da fronteira, por causa da burocracia e da ausência de portos para liberarem as cargas. É sempre bom lembrar que a ureia, também um poderoso fertilizante. chega da Bolívia a menos de 250 dólares a tonelada, quando a que compramos, que vem da Rússia e do Oriente Médio, custa pelo menos o dobro.

Já houve grandes avanços nos negócios entre Rondônia e a Bolívia, mas a maioria partiu da iniciativa privada. Um dos maiores empresário de Rondônia, que tem feito investimentos pesados, incluindo compra de grandes áreas para plantação de milho e soja no lado boliviano e que investiu pesado em duas balsas gigantescas para levar e trazer produtos, disse que a audiência com Bolsonaro pode resolver a questão dos portos e da aduana. César Cassol destaca que a participação da bancada federal no projeto é de grande importância. Na Secretaria de Finanças do Estado, o destaque é para a internacionalização do aeroporto Jorge Teixeira, que será vital no contexto da expansão dos negócios com a Bolívia, além de outros países vizinhos.

Segundo uma fonte do governo estadual, o projeto do aeroporto está andando com rapidez e deve ser concluído ainda esse ano. O Jorge Teixeira terá aduana e a presença da Polícia Federal.  Evo Morales anda entusiasmado com os grandes negócios que estão sendo feitos entre os dois países. Falta agora, é claro, que se supere a infernal burocracia brasileira; que o presidente Bolsonaro receba a comitiva que vai lhe apresentar reivindicações. E, por fim, que cumpra seu compromisso de atender os pleitos do seu colega boliviano.

“A AMAZÔNIA NÃO É DE VOCÊS!”

O jornalista estrangeiro, com forte sotaque, pedante, achando que pode ainda falar grosso contra o Brasil, deu uma dura no presidente Jair Bolsonaro, questionando sobre o aumento da destruição da floresta e falta de programas de governo para proteção ambiental. Quando o PT e as ONGs mandavam, certamente o governante brasileiro não só concordaria, como ainda iria prometer que baixaríamos as calças até o chão, para atender o pleito dos estrangeiros.

Só que ele estava diante de Jair Bolsonaro, o Presidente que responde à altura, agressões como o jornalista achou que faria, sem qualquer consequência. Ele ouviu poucas e boas. Primeiro, lembrou Bolsonaro, a Amazônia é brasileira é não é deles, estrangeiros. Segundo que eles não têm moral para nos criticar, não só porque destruíram todo o seu meio ambiente, como também continuam usando combustíveis fósseis e até carvão, como se não continuassem a atacar o Planeta.

Desmentiu números absurdos sobre desmatamento, dizendo, na cara do inquisidor dono da verdade, que se esses números alardeados pelas ONGs fossem verdadeiros, a floresta não existiria mais. Ah, deu sim uma ponta de orgulho em qualquer brasileiro, que detesta que esses malandros venham dar pitaco por aqui, como se fossem os donos da Amazônia. Não são. Nunca serão.

TROCA DO LÍDER: NADA É OFICIAL…

Uma possível troca da liderança do governo na Assembleia Legislativa, foi assunto dos mais quentes nos últimos. A conversa toda girava em torno de uma possível indicação do deputado do PTC, Jair Montes, para assumir o posto, substituindo Eyder Brasil, o único deputado do PSL, o partido do governador. Foi uma correria atrás da informação verdadeira. Jair Montes não confirmou, mas também não desmentiu.

“Não foi procurado, não fui convidado a nada. No momento, estou cumprindo minha missão como deputado e, principalmente fiscalizando os atos do Governo”. Montes salientou, contudo, que se houver algum convite “é um caso a se pensar”.

Eyder Brasil, afirmou que jamais soube de qualquer cogitação no sentido de substituí-lo. “Tenho conversado longamente com o Governador. Ele nunca me falou sobre esse assunto”. Eyder disse que o pacto, inclusive com o chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves é que, se algum dia houver alguma mudança nessa questão, ele será o primeiro a ser avisado. Tanto o Governador quanto o chefe da Casa Civil foram procurados para comentar o assunto, mas preferiram não fazê-lo. Ou seja, o mistério continua…

COMO FUNCIONA A VERDADEIRA JUSTIÇA

Em três atos, bem rapidinho, vamos explicar aqui o que é a verdadeira Justiça e o que é um arremedo de Justiça.  É uma simples lição de como age a verdadeira Justiça, aquela que é feita para acabar com o crime e defender as vítimas. Aquela em que o canalha é tratado como canalha, pela força da lei. Aquela em que o covarde, como o são os matadores de mulheres, jamais sairão às ruas, para cometer outros crimes.

Antes do epílogo, vamos às comparações. Você entenderá. Ariel Montenegro dos Santos, filho de um PM em Salvador, matou covarde e friamente sua namorada, uma menina de apenas 15 anos. No júri que durou 12 horas, o tempo todo tentaram criminalizar a vítima. O assassino cruel, que merecia a pena máxima de 30 anos, foi condenado por júri condescendente. Pegou 16 anos de cadeia.

Daqui a dois anos e sete meses começa a ter direito à progressão de pena. Em breve, voltará a uma vida normal, como se nada tivesse acontecido. Em Buritis, usando um martelo, dias atrás, o companheiro da jovem Joelma, de 23 anos, a matou com um martelo. Depois escondeu o corpo num matagal. Preso, com muito otimismo se espera que ele fique ao menos alguns anos na cadeia. Poucos, mas que ao menos fique. Esse é o arremedo. Agora, a verdadeira Justiça.

O brasileiro Ricardo Godinho assassinou sua mulher a facadas, na Inglaterra. O crime foi em fevereiro. Cinco meses depois, o matador foi julgado e condenado a prisão perpétua. Esse nunca mais vai causar mal a alguém. Deu pra entender ou é preciso desenhar?

LÁ SE VÃO NOSSOS DIAMANTES!

Na versão oficial, a Reserva Roosevelt é superbem fiscalizada e não há contrabando de diamantes e muito menos garimpeiros ilegais (pelo menos as chamadas autoridades responsáveis negam peremptoriamente que isso ocorra). Mas, na vida real as coisas são bem diferentes do que as informadas oficialmente por quem deveria cuidar das nossas riquezas. Ali existem diamantes de alta qualidade e em profusão.

Os invasores entram e saem como querem. Os garimpeiros ilegais se arriscam em terras indígenas e vendem a pedras por um preço aviltado. Os contrabandistas e atravessadores enriquecem. Os índios Cinta Larga, o povo rondoniense e o povo brasileiro, verdadeiros donos de toda essa riqueza, ganham uma banana. Zero. Alguém por interesses que certamente um dia se tornarão público, começou uma batalha para que fosse criada uma legislação que exclui os verdadeiros proprietários de usufruírem do que é de todos. Sob o fajuto argumento de proteção aos povos indígenas, se proibiu o garimpo controlado. Resultado dessa tragédia: com exceção dos caciques, a grande maioria dos indígenas vive na pobreza extrema, embora sentada sobre uma rica mina de diamantes; os governos municipais, estadual e federal não ganham um tostão.

Os estrangeiros que andam por aqui negociando diamantes é que forram o bolso. O contrabando é normal. Nessa semana, um casal foi preso em Porto Velho, quando vinha da região central, com cerca de mil pedras de diamantes. Essa legislação idiota e antiBrasil ou é absurda burrice ou é outra coisa, que, no futuro, vamos saber com clareza.

UM ARRAIAL SEM ACHAQUE AO BOLSO

Falam cinco dias. Nesta sexta, dia 26, começa o maior festival do folclore rondoniense, uma edição que está perto de entrar na quarta década. Será a primeira edição na atual administração e, queira-se ou não, há que se tirar o chapéu para a nova forma como o Arraial Flor do Maracujá foi planejado e será executado. Antes cheio de “donos”, com cobranças absurdas dos pequenos vendedores e também dos maiores; com um parque de diversões onde só crianças de famílias abastadas podiam curtir, o Flor vem nesse ano muito mais popular, menos caro e, certamente, receberá um público recorde.

O secretário Jobson Bandeira bateu pé em algumas condições, venceu a queda de braço, impôs, as mudanças, mas também foi um grande parceiro dos grupos de quadrilhas e bois-bumbás. A expectativa é grande. O governador Marcos Rocha determinou prioridade em serviços de melhorias no Parque dos Tanques e várias equipes estão ali, trabalhando e preparando a festa. Será um Arraial com preços justos, onde não se pagará mais absurdos para comer um simples prato regional e onde crianças poderão usar os brinquedos ao preço único de 3 reais.

Some-se esse avanço ao brilho dos grupos que vão se presentar e à multidão que deve comparecer nos 10 dias da festa e se terá um desenho do quadro que está sendo pintado. Falta agora o Governo começar a pensar na volta de uma feira agropecuária para Porto velho. Mas isso já é outra história…

SEDAM: A DEMORA CONTINUA

Tem produtor chiando. Tem madeireiro chiando. A lentidão com que os processos de liberação para licenças ambientais e planos de manejo, que eram conseguidas com grande raridade, quase a passos de cágado, no governo passado, na Sedam, segundo algumas informações chegadas à coluna, continuam também no atual governo, apesar das promessas de que tudo seria acelerado e facilitado.

Embora o coronel Elias Rezende, titular da pasta, tenha sempre boa vontade e uma visão diferenciada sobre a questão, do que era no governo Confúcio Moura, todas as decisões acabam empacando nas áreas da Procuradoria do órgão, segundo os informantes. Tudo parece ter piorado com o episódio de Espigão do Oeste, quando um caminhão do Ibama que ia abastecer um helicóptero da Polícia Federal foi incendiado. Com a violenta repressão do Ibama, que cassou inúmeras licenças de madeireiros, sem sequer haver um processo legal, já que os madeireiros foram acusados pelo crime (sem prova alguma), parece que se ampliaram os receios dentro da Sedam de conceder as licenças.

Um empresário do setor comentou à coluna que se sente um verdadeiro criminoso, pela forma como é tratado pelos órgãos ambientais, tanto do Estado quanto federais, quando vai buscar apoio para trabalhar, produzir e gerar emprego. Até quando essa excrescência vai dominar?

PERGUNTINHA

Se todos os números de desmatamento anunciados por vários órgãos, inclusive federais, pelas ONGs e seus patrocinadores internacionais fossem verdadeiros, a Floresta Amazônica já não seria um deserto?

 

 

sicoob

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