Coluna escrita por Sérgio Pires/ Foto: Ilustração

O Dnit está vivendo uma crise no Estado, desde que uma operação da Polícia Federal prendeu alguns membros do órgão, incluindo o superintendente para Rondônia e Acre.

Acusações de superfaturamento em obras e várias irregularidades foram denunciadas na ocasião, por uma engenheira de empresa terceirizada. Toda a operação se baseou apenas nas informações dela, que havia sido demitida dias antes, segundo fontes do Dnit na época, por não estar cumprindo corretamente seu trabalho. Entre as denúncias, a de que uma só empresa teria recebido irregularmente mais de 10 milhões de reais.

A Operação foi em 10 de julho passado, praticamente há 75 dias e, até agora, nenhuma das acusações foi publicamente comprovada, embora as investigações continuem em curso. Dias depois, a Justiça mandou soltar os denunciados presos. Todos se mostravam indignados com a forma como foram acusados e detidos.

Todos alegam absoluta inocência e protestam contra o que consideraram exagero na ação, “com total descumprimento da Constituição Federal”, segundo um dos denunciados. Logo depois da ação, foi nomeado o coronel da Reserva do Exército, Marcus Vinicius Mello Neto, de Manaus, como interventor provisório do órgão para Rondônia e nosso vizinho Acre.

Os problemas do órgão foram se avolumando, segundo uma fonte que conhece muito bem a estrutura e o funcionamento do Dnit nos dois Estados. Os projetos de recuperação das rodovias federais, por exemplo, que precisam ter manutenção antes que o inverno amazônico chegue, estão parados.

Ou seja, quando chegar a temporada das chuvas pesadas, as rodovias podem estar em péssimo estado, sem a devida preservação. Uma fonte do Dnit chega a dizer que há um risco real de que as rodovias federais rondonienses cheguem ao início do ano que vem, “em estado deplorável e tenebroso”. O interventor, ocupando múltiplas atividades, só vem a Porto Velho, na sede da superintendência do Dnit, uma única vez por semana. Ou seja, nem sequer tem tempo para atender a um número razoável de autoridades, prefeitos e servidores que vêm do interior, viajando às vezes 300 a 400 quilômetros, sem que consigam ver seus pleitos atendidos.

Servidores que teriam sido convidados a assumir funções no órgão não as aceitam, se tiveram que assinar despesas e contratos. Não se sabe mais nada sobre as ações do órgão, que nos últimos tempos tinham se tornado transparentes. Nem sobre a sobre ponte no rio Madeira, na Ponta do Abunã, há informações seguras de quando será entregue. Não há também informações sobre eventuais intervenções da bancada federal rondoniense, na busca de algum tipo de ação que ajude a resolver a crise no Dnit regional. Principalmente sobre a falta de manutenção nas rodovias. A verdade é que, até agora, pelo menos, a espalhafatosa ação no Dnit só trouxe prejuízos reais, mesmo, para a coletividade…

VAI COMEÇAR A CPI DA ENERGISA

A data para início dos trabalhos será anunciada ainda esta semana, provavelmente. Mas a Comissão Parlamentar e Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa, para investigar eventuais irregularidades com a empresa Energisa, a substituta da Ceron, já está instalada. Nessa terça, o presidente Laerte Gomes nomeou os membros da Comissão: Alex Redano, o proponente da CPI; Cirone Ceiró, Jair Montes, Edson Martins, Ismael Crispim, Adelino Follador e Adailton Fúria são os suplentes.

As reclamações contra a empresa, principalmente em relação ao aumento significativo na maioria das contas de energia e cortes que estariam feitos à revelia da legislação, chegaram aos montes aos parlamentares, nas últimas semanas. A Empresa tem repetido que cumpre rigorosamente as leis; que está sempre pronta ao diálogo e que seus medidores são de qualidade, sempre podendo serem fiscalizados pelo consumidor e pelos órgãos responsáveis.

Como ainda não foi escolhido o presidente e o relator da CPI (para a presidência, o nome mais cotado é o do próprio Alex Redano), o que acontecerá na manhã desta quarta, ainda não há um calendário e nem a pauta dos depoimentos. A partir de agora, contudo, a Comissão passa a atuar oficialmente. Vamos ver no que vai dar…

A EMPRESA DÁ SUA VERSÃO

“Sempre prezando pela transparência e aberta a todo tipo de esclarecimento, a Energisa Rondônia reitera que seus processos operacionais são estruturados e seguros, com rastreamento dos equipamentos para controle de qualidade. Os aparelhos de medição adquiridos chegam ao almoxarifado em embalagem lacrada, com número de série impresso pelo fabricante, e ao serem liberados para a instalação, o número de cada aparelho é vinculado ao CPF do eletricista escalado para fazer o serviço.

No caso de solicitação do cliente, o medidor pode ser inspecionado, sendo retirado e encaminhado para verificação e aferição do Instituto de Peso e Medidas (Ipem), também em embalagem lacrada. Todo esse processo pode ser acompanhado pelo cliente”. Esse é um trecho de uma nota da Energisa enviada à coluna, comentando texto publicado. E mais: “é importante contextualizar que, nos últimos anos, o investimento na rede elétrica e subestações em Rondônia, foi aquém do necessário, e apenas em 2019, a Energisa está investindo cerca de 471 milhões de reais, para recuperar a qualidade da prestação de serviços e expandir o sistema elétrico. Com 114 anos de atuação, o Grupo Energisa tem na ética e na transparência, marcas de sua trajetória de contribuição para o desenvolvimento de todas as regiões do País”, concluiu a nota.

MIMESSI E EDILSON: CIDADÃOS HONORÁRIOS

O paulista de Assis, interior de São Paulo, Renato Mimessi é um dos homenageados. O outro é Edilson Silva, maranhense da cidade de Timon. Ambos são rondonienses de coração. Um é desembargador do Tribunal de Justiça de Rondônia, um dos nomes mais respeitados nos meios jurídicos do Estado. O outro é presidente do Tribunal de Cotas do Estado, especialista em Direito Público que que tem, também, uma longa folha de serviços prestados a essa terra de Rondon.

Pois ambos serão homenageados nesta quarta, em sessão solene na Assembleia Legislativa e receberão o título de “Cidadão Honorário”, graças a uma proposta, aprovada por unanimidade, do presidente da Casa, deputado Laerte Gomes. O evento da dupla homenagem está agendado para as 15 horas. Tanto Mimessi quanto Edilson estão orgulhosos do título que receberão, tornando formal algo que ambos já são desde que colocaram seus pés em Rondônia: cidadãos honorários.

O SONHO DOS 140 ÔNIBUS

Não é para já, mas se der certo, a partir do ano que vem a Prefeitura de Porto Velho terá resolvido um dos mais complexos problemas enfrentados nos últimos anos por essa e por administrações anteriores: o do transporte escolar, na Capital rondoniense. Hildon Chaves pretende comprar nada menos do que 140 ônibus para que a Prefeitura assuma o serviço, embora a manutenção e o serviço em si deva ser feito por empresa terceirizada. Hildon está em Brasília, tratando do assunto.

O pontapé inicial do projeto é conseguir até 40 ônibus, especialmente para o transporte escolar, com custo zero para a Prefeitura, através do Fundo Nacional do Desenvolvimento para a Educação, o FNDE. As chances são reais de que ele consiga esse apoio federal. O próximo passo será conseguir financiamento em bancos oficiais (Caixa Federal e Banco do Brasil), para comprar outros100 ônibus, já preparados desde a fábrica para o transporte de estudantes.

Com os 140 ônibus e uma empresa especializada, contratada pela Prefeitura, para cuidar dos coletivos e contratar o pessoal que fará o sérvio de transporte, o Prefeito acha que, já em 2020, o sistema poderá estar funcionando em sua plenitude, resolvendo de vez a crise que se arrasta há anos. Espera-se que o plano dê certo, porque do jeito que está, é impossível continuar…

A VOZ FIRME DO BRASIL NA ONU

Havia uma grande torcida contra, como sempre. Mas também havia uma imensa torcida favor. E foi essa ala da maioria que se deu bem. O discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça, foi muito seguro, positivo, claro, patriótico. O texto que ele leu mostrou, no geral, seu pensamento, com palavras duras, mas sinceras; apontando o dedo para onde devia apontar; desmentindo a mídia que destruiu a Amazônia em seus textos inventados e garantindo que sua eleição salvou o Brasil de um sistema socialista, que até hoje não deu certo em nenhum país do mundo.

Doeu fundo também, no esquerdismo antipatriótico, ter que ouvir que representantes de mais de 50 etnias indígenas do país apoiam o atual governo e querem ter espaço na economia, saindo da tutela das ONGs internacionais e da incompetente Funai. Bolsonaro se saiu muito bem. A esquerda desesperada e a parte da mídia aparelhada e mentirosa, que perdeu as tetas do dinheiro público para mamar, deram-se mal. De novo!

SERÁ QUE A CAMPANHA 2020 SERÁ ASSIM?

A política é um terreno pantanoso, onde nem tudo é o que parece e pessoas normalmente calmas e tranquilas, dependendo da situação, tornam-se duras e não se controlam. Aconteceu mais um episódio assim numa audiência pública, ocorrida na Assembleia Legislativa, quando se discutia as questões relacionadas com a falta de transporte escolar na Capital. Mesmo veemente, mas sempre educado, o deputado federal Léo Moraes fugiu dos seus padrões, no encontro, ao ofender e humilhar publicamente um assessor direto do prefeito Hildon Chaves, que se encontrava na plateia.

O caso foi registrado pelo site Rondônia Dinâmica, que divulgou um vídeo em que Moraes chama Wolnei  Neves Junior, assessor direto de Hildon, com adjetivos agressivos como “bate pau’’, ‘‘leva e traz’’ e ‘‘inútil’’, palavras que não são comuns no vocabulário do parlamentar. Wolnei disse que não entendeu os ataques, já que estava no encontro apenas como assistente. Léo Moraes disse que não. Que o assessor estava filmando as pessoas que davam seus depoimentos, as constrangendo publicamente. Será esse o nível da campanha politica que vamos assistir no ano que vem, pela disputa da Prefeitura? Tomara que não!

PERGUNTINHAS

Você sabia que o Impostômetro já apontou uma arrecadação, nesse ano, de quase 1 trilhão e 800 bilhões de reais? Para onde vai todo esse dinheiro?

 

sicoob

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