Coluna escrita por Humberto Lago/Foto: Arquivo Extra de Rondônia

Apesar das dificuldades e incertezas econômicas, bem como dos avanços da covid,  uma de nossas empresas decidiu se reestruturar, contratando uma ou outra pessoa para funções específicas, revisando seus princípios e valores, redescrevendo as descrições funcionais e, inclusive, estudando a aquisição de um novo sistema de gestão empresarial.

Alguém pode afirmar que tais decisões são impróprias e temerárias, considerando a gravidade da conjuntura. Contudo aqueles empresários entenderam que seu segmento de mercado tende a se manter estável nos próximos meses (na região onde atuam). E por crerem nisso, tomaram a decisão de investir.

No ano passado, enquanto conversava com o diretor de uma empresa local, sobre qual setor da economia brasileira que apresentava as melhores perspectivas econômicas, mesmo em plena pandemia, fui chamado a me manifestar. Minha sugestão foi: o setor de agro negócios! Continuo com o mesmo pensamento.

Existem fundadas razões para se crer nisso: os preços das commodities são fixados internacionalmente (dólares); a interferência do governo federal, estadual e municipal é mínima; o mundo está carente de proteínas animais e de grãos; o Brasil se projeta e consolida como celeiro mundial, dispondo de área, solo e condições climáticas favoráveis.

Adicionalmente deve ser dito que todos os setores que, direta ou indiretamente gravitam em torno destas atividades agrícolas, tendem a continuar crescendo anualmente, apesar da crise, da evolução da inflação, do déficit e dívida pública…

Esses fatos tornam o Brasil uma nação abençoada, a despeito do que ocorre no mundo inteiro. Não podemos ser indiferentes a isso. Quando a indústria automobilística começa a dar férias coletivas para prevenir o contágio de seus colaboradores; quando o isolamento aumenta em todas as unidades da federação; quando os países desenvolvidos restringem a exportação de vacinas por interesses particulares, eis que o nosso país desponta à vista de todos!

Nós, que somos empresários, não podemos ficar de braços cruzados esperando que a epidemia acabe; não podemos esperar por socorro governamental; não podemos ficar numa atitude apenas contemplativa.

É preciso ter uma visão; é preciso ser inteligente; é preciso inovar; é preciso descobrir novos nichos de mercado; é preciso ousar; é preciso acreditar; é preciso ser flexível; é preciso vender a crédito.

Se pensamentos negativos continuarem sendo estocados em nossas mentes, eles impedirão que novas e saudáveis posturas sejam adotadas pelo empresariado. Mais cedo ou mais tarde a crise passará e tudo voltará ao normal. É preciso pensar, sonhar e se preparar para esse dia.

Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.

sicoob

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