Foto: Ilustrativa

Desde a antiguidade, o fato de ser mulher é carregar consigo o sentido de submissão ao homem, sendo esta transformada em um simples objeto destinado a afazeres domésticos. Embora essa realidade tenha passado por muitas transformações até os dias atuais, o ser ‘mulher’ ainda passa por dificuldades como a desigualdade salarial e o desrespeito que precisam ser superados.

A Constituição Federal garante igualdade a todos, sem distinção de natureza alguma. No entanto, um estudo feito em 2019, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que as mulheres ganham menos do que os homens em todas as ocupações selecionadas na pesquisa. Mesmo com uma queda na desigualdade salarial entre 2012 e 2018, as trabalhadoras ganham, em média, 20,5% menos que os homens no país.Essa pesquisa deixa explícita a grave distinção existente em ambos os sexos, em que a mulher é sempre inferior, ainda que esta seja capaz de exercer o mesmo cargo que o homem. As premissas de tal desigualdade são fundamentadas nas falas de que as mulheres trabalham menos horas por dia e devem, de fato, dedicar a maior parte do tempo aos trabalhos domésticos. 

Cabe destacar que, na sociedade atual, ainda existe um exacerbado preconceito contra a mulher, sendo este uma forma oculta de violência contra elas. O trecho do livro Sobrevivi… posso contar, de 1994, nos diz que desrespeito abre caminho para atos mais severos e graves contra nós. Apesar de nossas conquistas, mesmo não tendo as melhores oportunidades, ainda costumam dizer que somos inferiores, e isso continua a transparecer em comentários públicos, piadas, letras de músicas, filmes ou peças de publicidade. Dizem que somos más motoristas, que gostamos de ser agredidas, que devemos nos restringir à cozinha, à cama ou às sombras. Ledo engano! Ainda que no Brasil exista a Lei Maria da Penha, que é direcionada para defender a mulher, ainda há atos que desafiam a segurança do gênero feminino, sendo o desrespeito, a violência, física e psicológica, e, claro, o feminicídio, dos mais graves. 

Ser mulher na atualidade é um desafio que, muitas vezes, não é vencido. No entanto, o Ministério da Educação, por intermédio das escolas, pode desenvolver atividades recreativas, em que meninos e meninas possam realizar a mesma atividade, com intuito de dirimir os preconceitos de que homem é melhor que mulher. Ainda, cabe ao Ministério da mulher, família e direitos humanos desenvolver projetos educacionais que visem a auxiliar mulheres quanto ao mercado de trabalho, tanto na forma de empreender e administrar família e trabalho, como na forma de gerenciar. Afinal, mulheres também podem ser boas (e são!) em algo extraordinário.

Nubhia Ketlenn Oliveira Campos, aluna do 3º ano do curso técnico em agropecuária integrado, Ifro-campus Colorado do Oeste

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