Hachiko do filme “Sempre ao Seu Lado” / Foto: Ilustrativa

O filme “Sempre ao Seu Lado”, de 2009, conta a história do cachorro Hachiko, que aguarda seu dono por nove anos, mesmo após sua morte. O comovente longa mostra como os animais domésticos podem amar seus donos, almejando apenas que seja recíproco. Contudo, casos de violência e abandono ainda são visíveis no Brasil, sendo necessário o debate acerca do tema.

A Constituição Federativa do Brasil, lei suprema do país, incumbe ao poder público a responsabilidade de manter uma fauna e flora protegidas e equilibradas, e que não se submeta às espécies à extinção ou à crueldade. Entretanto, mesmo após a sanção da Lei 1.095/2019, responsável por aumentar a pena de atos de violência e maus-tratos contra os animais, no ano de 2020, houve um aumento de cerca de R$ 103 mil em multas autuadas pela Policia Militar Ambiental (PMA), sendo a maioria por maus-tratos a cães e gatos.

Conjectura-se que um possível motivo que impede que um estado de conscientização seja obtido em grande escala social é um fator cultural. Isso ocorre, pois, para muitos, enxergar um animal desabrigado, doente, sem alimentação e como “ser inferior” aos padrões humanos do que é realmente importante tornou-se uma realidade instransponível, naturalizando-se situações deploráveis como tais. Não obstante, também pode haver relação com a violência entre pessoas, uma vez que a chamada “Teoria do Link” sugere que pessoas que agem violentamente com animais também podem fazer o mesmo a outros seres humanos, gerando assim um ciclo de violência cada vez maior.

Portanto, faz-se importante que a causa dos maus-tratos animais seja reanalisada. Por meio de políticas públicas impostas pelos entes federativos, é possível enrijecer as leis já existentes, aumentando as penas e valores de multas. A construção de mais canis municipais associados a políticas de adoção e atuações do Ministério da Educação em escolas públicas e privadas também são válidas, visto que podem contribuir para uma redução dos casos de abandono e aumento de adoções.

Claudinei Rossi Junior, aluno do 3º ano do Ifro campus Colorado do Oeste

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