Animais / Foto: Ilustrativa

A obra literária “Vidas Secas”, escrita por Graciliano Ramos, narra alguns episódios de maus-tratos à cachorra Baleia que é maltratada pelas condições precárias do local onde vivia, o sertão nordestino. Além de todo o sofrimento que lhe foi causado, seu próprio dono a sacrifica cruelmente com um tiro na perna.

Na atualidade, essa analogia de agressão se faz muito presente no Brasil visto que, apesar dos números de adoção de animais terem crescido significativamente, ainda existem por aí muitos casos de maus-tratos e abandono que por muitas vezes, passam impunes. Nesse cenário, essa infeliz prática se faz presente em grande parte por sua impunidade e falta de visibilidade ao assunto. 

Atualmente, de acordo com um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 30 milhões de animais vivem em situação de abandono, estes dados mostram a então ineficácia das leis de proteção aos bichinhos, mesmo diante do sancionamento da Lei Sansão em 2019 que robustece a pena de qualquer caso de maus tratos. Visto isso, essa incapacidade da atual legislação brasileira de punir severamente atua como um propulsor para os agressores. Uma vez que eles não são considerados potencialmente ofensivos deixa o cenário muito mais propício para a persistência dessa prática cruel.  

Convém citar um pensamento pontuado pelo filósofo Schopenhauer que diz que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem, afirmando que a compaixão pelos animaizinhos está completamente ligada ao bom caráter de uma pessoa. A partir disso, entende-se que o comportamento agressivo sobre os bichos está único e exclusivamente relacionado à ética do homem que, por sua ignorância, falta de empatia e diversos outros princípios, chega a cometer atos violentos contra esses seres inocentes. 

Assim, diante da análise dos fatores conclui-se que essa problemática é de consequência da insipiência do ser humano e a falta de uma punição rigorosa da lei. Portanto, é de suma importância para minimizar essa situação que o Governo Federal tome providências junto ao Poder Legislativo, respectivamente auxiliando ONG’S para o resgate e incentivo da prática de adoção a esses animais maltratados e criando leis mais rígidas para punir com eficiência estes agressores que violam de forma tão desumana a vida animal. 

Michele Alves Maturizen, aluna do 3º ano do Ifro-campus Vilhena

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