
Um tanto quanto mais agressivo, o chefe do executivo estadual rondoniense, e possivelmente o candidato ao governo pelo PMDB teceu duras críticas contra seus opositores. Para Hermínio Coelho (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE) a pancada foi direta: “Ele é um louco”, exclamou.
O Governador aproveitou o momento para desabafar e mostrou uma postura completamente oposta àquela que sempre teve. Mais enérgico, disse que durante seu mandato conseguiu acabar com o que denominou de “facção criminosa” instalada na saúde pública. “Para isso tive que nomear um delegado de polícia para tirar eles; aquilo era caso de polícia. A saúde de Rondônia tinha dono, e não era o governador”, relatou acrescentando que “após limparmos a saúde do estado, tive que nomear um contabilista para elencarmos os rombos na pasta e colocar a casa em ordem. A partir de agora é que estamos conseguindo realizar um bom trabalho no setor”, justificou.
Outro que não escapou das palavras de Confúcio foi o antecessor na cadeira executiva, Ivo Cassol (PP). Sem tecer nomes, evidentemente, o governador de Rondônia disse que assumiu o cargo com uma dívida milionária que ultrapassava a casa dos R$ 280 milhões oriundos da administração cassolista. “Agora o estado está caminhando. Não tenho empresas fantasma para ganhar serviço do estado, firmas que pertencem a membros da oposição estão prestando serviço pra Rondônia. Não deixei de levar benefícios para municípios onde há prefeitos de outros partidos. Foi um mandato doloroso, mas agora o estado está aberto a caminho do desenvolvimento. Não há espaço para improvisos ou pessoas despreparadas. Nós não podemos mais retroceder. Temos que acabar com o efeito sanfona adotado por muitos; um que um faz o outro desfaz”, disse em discurso. E acrescentou: “O estado agora não tem mais propina, nem malandragem”, arrematou.
O esquecimento dos parceiros
Pela primeira vez, também, o governador falou de um dos pontos mais criticados da sua administração: o “esquecimento” de alguns parceiros políticos que o ajudaram durante a campanha, e acabaram ficando de fora da composição política executiva estadual. Segundo ele, para que os partidos aliados pudessem continuar na equipe fora obrigado a dedicar algumas pastas às agremiações parceiras. “Tive muitas decepções com alguns secretários, que nomeei sem ao menos conhecê-los. Isso me trouxe muitos problemas, mas foi uma necessidade”, argumentou.
Em tom firme o chefe do executivo estadual deixou claro que, aparentemente, se arrependeu de algumas medidas políticas adotadas para manter legendas parceiras. “Fazer um governo de alianças é muito difícil”, resumiu ao estilo “confuciano”. “O estado vem sendo governado para não desmerecer a confiança de ninguém. Tenho dedicado apoio a todos os município sem analisar bandeira ideológica e partidária, pois acredito que este é o melhor caminho para o desenvolvimento”, arrematou.
Último encontro do PMDB
Esta foi a última reunião do partido do governador antes das convenções que irão definir os candidatos oficiais da legenda. Segundo Confúcio Moura, o encontro no qual serão decididos os nomes dos candidatos da próxima eleição está marcado para o mês que vem, ainda sem data definida.
Fonte: Extra de Rondônia
Texto: Da Redação
Fotos: Extra de Rondônia