Jaime Bagatolli

O empresário Jaime Bagatolli não gostou de ter seu ponto de vista, manifestado na carta em tom crítico que escreveu a respeito da Câmara de Vereadores de Vilhena, ser contrariado e ligou para a redação do Extra de Rondônia para contestar a opinião de um dos integrantes da equipe do site.

O repórter reagiu a um dos trechos do manifesto, onde Jaime afirmou que a alta carga tributária imposta no país penaliza a “classe produtiva”, num contexto em que a interpretação cabível ao texto leva a compreensão de que o empresariado arca sozinho com os impostos, sabendo-se que os tributos são, de um modo geral, repassados aos preços de produtos e serviços, portanto pagos por todos os consumidores.

Na conversa entre o empresário e o repórter, o mal-entendido foi esclarecido, com Bagatolli esclarecendo que ao usar o termo “classe produtiva” estava referindo-se aos “empresários, trabalhadores e funcionários públicos que de fato trabalham”.

Ele também explicou o funcionamento da tributação em seu ramo principal de negócios, a comercialização de combustíveis, declarando que os impostos são retidos na fonte, e não são repassados ao Poder Público através de suas empresas.

Jaime revelou que a taxação é expressiva, destacando que, para cada litro de gasolina, o contribuinte paga R$ 1,55 em tributos. Em seguida, ele reclamou do governo em geral, “que cobre seus rombos através do aumento na carga tributária, e não se preocupa em cortar despesas”.

Em sua análise, este é um fator que o leva a se preocupar com o que vai acontecer lá na frente. “Se persistir este tipo de conduta o futuro do Brasil será muito triste”, disse. Aproveitando o gancho político da conversa, Jaime voltou a atacar a Câmara de Vereadores de Vilhena.

Ele não considera justo o valor do salário de um parlamentar local e fez uma comparação drástica. “Se você coloca alguém para tomar conta de um setor de sua empresa tem que pagar bem esta pessoa, pois a responsabilidade dela é enorme. Mas, no caso dos vereadores, cuja função não tem responsabilidade alguma, não acho certo um salário de R$ 8 mil”, argumenta.

Para ilustrar melhor seu raciocínio, ele faz outro alinhamento: “Um trabalhador humilde a partir de agora poderá se aposentar 65 anos com um salário mínimo. Se viver até os 80, ou seja, uns 20 anos depois da aposentadoria, terá recebido ao longo deste período uma fração mínima do que os nossos vereadores ganham num mandato de quatro anos. Isso não é justo, de jeito nenhum”.

O empresário diz que os vereadores – e políticos do Legislativo em geral – ganham muito e produzem pouco, “e a ação principal que deveriam executar, que é a de fiscalizar os gastos do Executivo, são feitas de forma superficial. Por isso há tantos desvios e roubalheiras neste país, neste Estado, e em nossa cidade, como aconteceu na gestão passada”, pontuou.

Finalizando, Jaime Bagatolli contestou mais uma vez o valor do repasse feito todos os meses à Câmara de Vereadores de Vilhena. “Dá para explicar onde é que se gasta quase R$ 750 mil para manter uma estrutura composta atualmente por dez vereadores?”, questionou o empresário.

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Divulgação

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