Fotos: Cedidas ao Extra de Rondônia

A enfermeira obstétrica Aline Fátima de Lima, que no último dia do mês de outubro trouxe ao mundo o pequeno Bento Carlos de Lima Pinheiro através de um parto na água realizado dentro do Hospital Regional de Vilhena, falou ao Extra de Rondônia sobre a experiência nunca antes realizada na unidade e incentivou outras gestantes a terem a mesma iniciativa.

Há 5 anos na área da saúde, Aline desenvolveu através do trabalho com gestantes, o desejo de ter uma parto normal quando chegasse seu momento de ser mãe, porém, desejava algo diferente e realizado pela equipe do HR, com a qual já havia trabalhado e tinha inteira confiança.

Como a unidade não dispõe de sala especial para a realização de partos na água, que era seu desejo, a enfermeira panejou tudo com antecedência juntamente com o marido e os ex-colegas de trabalho, e providenciou uma piscina inflável para que em um local reservado (banheiro da obstetrícia), pudesse ter um parto humanizado, mesmo dispondo de plano de saúde.

“Meu desejo é que fosse realizado com o acompanhamento da equipe do Hospital Regional, pois eu tenho inteira confiança no trabalho deles, uma vez que já trabalhei na unidade”, afirmou Aline.

Com fortes dores, a enfermeira foi internada já na madrugada do dia 31 e quase que Bento não espera a preparação do local, que foi feita pelos servidores do plantão e pelo pai ansioso, porém, mesmo com outras parturientes sendo assistidas, tudo ocorreu bem, e dentro da piscina inflável, exatamente às 03h14, Aline deu a luz a Bento.

“O parto humanizado não é só o realizado na água ou em casa, pode ser em qualquer local, desde que seja de forma que a parturiente se sinta confortável e seja acompanhada por pessoas que ela ama e confia, mesmo sendo uma cesariana”, enfatizou a enfermeira.

Confessando ter momentos em que se sentiu insegura, pois é muito mais fácil cuidar do que ser cuidada, Aline pensou em desistir na hora das mais fortes dores, mas seu preparo psicológico que a levava a focar no que queria e que a cada contração estava mais perto de ser realizado, a fez continuar e vencer por ela e pelo filho.

“Realmente o parto normal não é fácil, mas o fato de ser como a gestante quer, dá a ela forças para conseguir e não se deixar levar pelo medo de ser traumático”, afirmou Aline.

Além dos benefícios da recuperação mais rápida e segurança de saber que não trouxe ao mundo um bebê que não estava pronto para nascer, Aline vê o parto normal como algo espiritual, pois a ligação do bebê com a mãe no momento do nascimento é indescritível.

“Saber que venci por mim e por ele, pega-lo nos braços ao nascer ainda ligado pelo cordão umbilical foi um momento único para mim e desejo a todas as mães essa experiência, porém, tudo tem que ser discutido já no pré-natal, pois parto humanizado é aquele em que a mãe se sente confortável e não de forma forçada. Quando a, mãe escolhe como quer trazer seu bebê ao mundo, o parto automaticamente se torna humanizado, ainda que seja uma cesariana, pois a magia de tudo está no fato da parturiente estar confortável e amparada por aqueles que amam”, concluiu Aline.

Com um bebê saudável, que nasce pesando 3,490 kg, medindo 50 cm e chorando muito, Aline se diz muito feliz e satisfeita com a experiência que teve, e reafirma que mesmo em hospitais públicos é possível a mãe ter um parto humanizado como ela sempre sonhou. “A sensação após o parto, quando você ouve o primeiro choro e pega seu filho dos braços é de que enfim, eu venci! Venci por nós dois meu bebê!”

sicoob

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